quarta-feira, 19 de maio de 2010

A minha irmã e eu, de Friedrich Nietzsche

A partir do texto original, estão destacados os pontos que considero mais relevantes na obra. (Ed. Moraes, 1992)

É um luxo estar vivo, sem meta nem objetivo, sorver o sol como uma flor de jardim e só com o desejo ardente de viver, esquecer a angústia da existência.

... se cristianismo significar a substituição de trapaça e do oportunismo pela cruz, devo certamente ser aceito como discípulo de Jesus.

As massas precisam do mito de Deus para impedir que a sua vontade fáustica chegue à destruição.

Parece que nada pode impedir as classes trabalhadoras de transformarem o seu desejo de poder num todo poderoso deus, ...

Quando a sociedade se transformar numa amorfa e descaracterizada massa, num democrático montão de lixo, regressaremos a era pré-histórica das tribos primitivas em que tudo era dividido, mulheres inclusive.

Lutero compreendeu a que perigos e confusões levariam o fabrico de um deus, quando escreveu: “As tentações da carne nada valem; qualquer mulher sabe pôr-lhes fim. Deus nos livre, porém, das tentações que a eternidade sustenta. Nessa altura deixamos de saber quem é Deus e quem é o Diabo. Até começarmos a perguntar se o Diabo não será Deus”.

E quando Lutero insistia que qualquer mulher pode acabar com as triviais tentações da carne, estava a contradizer-se; porque o demônio estende através da mulher os seus domínios ao homem, desde a sua carne e o seu sangue até a sua mente e a sua alma. Lutero devia saber isto, pois dividiu o reino de Cristo em milhares de pedaços sectários para poder seduzir uma freira sob os devidos auspícios do sagrado matrimônio!

Quando procurei manter uma saudável relação erótica com Lou, ela tornou-me consciente do veneno anti-semítico que todo alemão bebe com o leite materno.

Tal como Lorde Kelvin, também os Ingleses não podem compreender nada que não seja redutível a um modelo mecânico.

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